Quer baixar um vídeo para apresentação de um trabalho sem ter problemas com o fechamento de sites de armazenamento e vencimento de links? Quer baixar uma música, mas sua consciência te diz que é errado? Duvido que existem muitas pessoas que se enquadram muito no último tipo citado, mas existe um bom site que pode resolver estes dois problemas: Domínio Público.
Este site disponibiliza várias obras sem restrições de direitos autorais. A maioria, de conteúdo educacional, mas existem também outros tipos de arquivos. Claro que não vamos encontrar no site o último filme que saiu em cartaz no cinema, nem a música daquele cantor sertanejo universitário mais baixada do momento, mas o site pode ajudar muito em outros casos.
O Google anunciou hoje o serviço Google Drive - "Um lugar onde você pode criar, compartilhar, colaborar e manter todas as suas coisas", de acordo com o blog do Google (reparem que o link do blog tem .br no fim, característicos de sites brasileiros). Para quem já tem familiaridade com o Google Docs, pode ser uma alteração tranquila.
Tudo bem, confesso que sou um entusiasta de tecnologia e já errei em previsões, como por exemplo achar que o Google Wave daria certo. Apesar de não ter tido muitos usuários, algumas características do Wave foram passadas ao Google Mais, Docs, consequentemente, Drive agora.
Uma das caracterísitcas importantes, que o Docs já possuía, é o Reconhecimento Ótico de Caracteres. Basicamente, ao colocarmos um texto escaneado, ele identifica os caracteres. Em outras palavras, é como se o Google olhasse seu texto e digitasse para você.
Muito mais do que um simples "Pen Drive" na internet, como já deu para perceber, o Drive também permite envio de faxes. Pode ser acessado de qualquer computador e de aparelhos com sistema Android (pode ser baixado em Google Play). O aplicativo para outras plataformas ainda está em desenvolvimento.
Vamos ver as possibilidades que este serviço promissor (eu espero) nos trará!
O preço dos combustíveis flutua bastante dependendo da época do ano. Todo o resto depende, direta ou indiretamente, desta variação. Encontrar o valor mais barato pode ser "uma mão na roda" para quem necessita constantemente de abastecimento.
Em pequenas quantidades, o valor até que não influencia muito. Andar mais longe para encontrar o combustível mais barato para rodar pouco não compensa. No entanto, para quem trabalha com transporte ou vai viajar, centavos por litro fazem diferença no tanque cheio. Esta postagem visa ajudar os últimos, já que quem trabalha com transporte costuma conseguir combustível muito mais em conta em cooperativas.
Existe um site, Preço dos Combustíveis, que informa os valores cobrados pelos diferentes, bem como a localidade dos postos, com base no mapa do Google Maps.
Os dados são fornecidos pela Agência Nacional de Petróleo. Espero que seja útil!
De Jesus Cristo todos já ouvimos falar. Biblicamente, após a crucificação, Jesus foi envolvido em um tecido, que dizem ser o que está na imagem abaixo:
Religião à parte, não se pode negar que tenha uma história interessante. A imagem da direita, muito mais nítida que a da esquerda, trata-se na verdade do negativo.
O Sudário de Turim, ou o Santo Sudário é uma peça de linho que mostra a imagem de um homem que aparentemente sofreu traumatismos físicos de maneira consistente com a crucificação.
A origem da peça conhecida como Santo Sudário tem sido objeto de grande polêmica. Para descrever seu estudo geral, os pesquisadores cunharam o termo "sindonologia", do grego σινδών—sindon, a palavra usada no evangelho de Marcos para descrever o tipo de tecido comprado por José de Arimateia para usar como mortalha de Jesus.
O Carbono 14 (C14) é um isótopo natural do elemento Carbono que apresenta meia-vida de aproximadamente 5730 anos. Com base neste número, é possível fazer datação de objetos arqueológicos, pela análise de madeira, carbono, sedimentos orgânicos, ossos, conchas marinhas e outros. As amostras tem de ter até 50 mil anos para melhor precisão.
Em 1989 fizeram um teste de C14 para determinar a idade do Sudário. Uma medição aferiu que a quantidade encontrada no pano é 92% da encontrada em material orgânico atual. Em outras palavras, a porção de C14 era 92% da de um tecido que foi produzido agora, com plantas de hoje.
Sejam:
m(t) a quantidade de C14 no instante t;
t₀ o momento em que a matéria-prima do sudário foi plantada (o momento inicial do C14);
m₀ a quantidade de C14;
5730 a meia-vida do C14;
o teste de 1989 com 0,92.m₀;
Se você não sabe Equações Diferenciais Ordinárias ou não tem curiosidade, pule a parte seguinte, que está com o fundo cinza. A taxa de variação do C14 é proporcional à quantidade em cada instante. Esta última afirmação nos permite montar e a seguinte equação para determinar t₀, ou seja, o ano em que teria sido plantada a matéria prima do Sudário:
Substituindo o valor do teste de 1989, temos:
Da meia-vida, ficamos com:
Dividindo (1) por (2), para desconsideramos a constante k:
Efetuando a conta para encontramos t₀:
Isto significa que o sudário teria que ser produzido no século XIII ou XIV. Nossa conta data dentro do período que os cientistas divulgaram.
Essa faixa de anos deve-se ao fato de que o teste foi realizado por mais de um laboratório a partir de diferentes amostras do tecido, todas do mesmo canto do sudário.
Apesar de matematicamente as contas apontarem para uma falsificação, existem outros fatores que devem ser observados. Houve um incêndio no final da Idade Média, o que poderia ter acrescentado carbono reativo à composição do tecido invalidando a aplicação da análise por carbono. A datação do sudário foi contestada pelo argumento de contaminação bacteriana. Devido aos acidentes, a datação não seria exata.
Os defensores do sudário como relíquia tem voltado a atenção aos métodos naturais que possam ter produzido a imagem, a partir do corpo crucificado de Jesus Cristo. Os crentes mais ortodoxos argumentam que tenha surgido por milagre e como tal, não carece de mais explicação. No entanto, no seio da comunidade católica, há quem procure investigar o problema de forma científica.
O casal Sue Benford e John Marino, ambos não cientistas, descobriram uma pista que pode ser esclarecedora, pela análise de fotos. O local de onde as amostras foram tiradas apresentava um padrão diferente na confecção, uma mistura de tecidos do século I e XVI. Estranhamente, se fosse o caso, a datação apontaria para os séculos XIII e XVI, da faixa do resultado. Ray Rogers, cientista, comprovou depois a teoria do casal, que o sudário havia sido retecido e tingido, na área da datação.
O pólen das plantas que constam no sudário são compatíveis com as da região do Oriente Médio, algumas que florescem apenas na páscoa. Na parte da cabeça da figura, há um pólen de uma planta espinhosa, como a coroa relatada na crucificação. No tecido, existe sangue masculino do tipo AB positivo (receptor universal, se podemos fazer algum trocadilho sugestivo) e nenhuma marca de pinceladas ou indícios de que pudesse ter sido forjado.
Apesar do fato de as figuras da crucificação trazerem os pregos na palma da mão, foi comprovado que isso não seria plausível, vez que o crucificado cairia. Os pregos deveriam ser fincados nos punhos. O tecido do sudário é apresenta esta forma. Mas ao perfurarmos tão significantemente o punho, o dedão se dobra involuntariamente sobre a palma da mão (como se se formasse um 4). Existe na região do tronco uma perfuração por lança cujo ferimento não contradiz o tipo de lança que os romanos utilizavam na época. Tudo isso, o sudário apresenta.
Acreditar ou não, pode ser mais uma questão de fé. Se for falsificação, é muito bem feita, tanto que mesmo com os recursos mais atuais a "falsificação" não pode ser comprovada.
Braun, Martin. Differential Equations and Their Applications. Springer.
Agradecimentos:
Douglas Silva Oliveira
Karolline Alves Cardoso
Luliane Pereira de Rezende
Matheus Alves Machado Reis
Todos colaboraram no trabalho para a disciplina Cálculo 4, do curso de Matemática - UFU, ministrado pelo professor Luiz Alberto Duran Salomão, que foi a base para a postagem.
A internet está mais 2.0. O mundo está cada vez mais 2.0. A interação entre pessoas ficou facilitada pelas redes sociais e o conteúdo em si mais dinâmico. As ferramentas de construção colaborativa desempenham um importante papel neste cenário. A reunião do conhecimento em um único lugar, que era utopia com a Biblioteca de Alexandria, é cada vez mais possível graças a Wikipedia. Neste site, os usuários podem editar os artigos, melhorando sua essência ou mesmo piorando. Este site até que já é bem conhecido, dado que várias buscas na internet apontam para este endereço. No entanto, existe um outro que pode ser muito proveitoso, tem a mesma natureza e não é tão conhecido: Wikilivros.
Com a mesma essência da construção colaborativa, o Wikilivros permite que os usuários escrevam livros de forma conjunta. Recentemente, precisei de um livro didático de matemática que pudesse ser utilizado em sala de aula. O fato de ser aberto, faz com que não haja problemas com direitos autorais, como acontece com cópias de livros. O conteúdo presente é bastante útil, apesar de ele todo não estar acabado, vez que não abrange todos os tópicos de Geometria Espacial do Ensino Médio, por exemplo.
Uma página que pode dar uma ideia mais geral sobre o potencial desta ferramenta é a seção que contém os melhores livros. Claro, pode ser que não haja aquele livro de mistérios, com um final surpreendente, já que este tipo de livro é muito pessoal de cada autor. No entanto, o conhecimento público pode ser realmente construído em conjunto, e neste aspecto, o Wikilivros tem muito o que nos contar!